terça-feira, 21 de outubro de 2014

E.009.Era Musica ao Longe - Angala Nassim


era música
ao longe
suave
penetrando em nossos
sentidos
nossos corpos
se misturando
transformando
num só corpo...
depois
quedamos
em silêncio
num abandono
lasso
ficou
o momento...
mesmo distante
sinto o calor
dos seus abraços
sua pele colada
a minha
seu suor
misturado
ao meu
seus toques
explorando
meus segredos
que deixaram
de ser...

E.008.Espera Silenciosa - Rose Mary Sadalla


Quero encontrar um amor que me respeite

Me acarinhe, me ame do meu jeito

Que adormeça comigo no afago do seu peito

Afague meus cabelos, me afogue de beijos

Me fale do seu dia e escuto caladinha

Aconchegada no seu corpo, cúmplice silenciosa

Me sentindo a mulher mais amada e deliciosa

Que encontre no seu olhar as palavras serenas

De um amor puro e profundo, maior que o mundo

Que faça de mim sua Rainha, Musa e mulher

Que seu amor não seja só carnal ou visceral

Descubra minha alma, meu ego e meus encantos

Que me descortine através dos meus poemas

Respeitando e amando minhas rugas e estrias

Que me ame na doçura de um precioso intelecto

Transforme o meu sentir em me fazer existir

Que me faça sua alma gêmea que me completa

Numa doação plena de amor consciente e imortal

Te espero, pois sei que este amor existe.

E.007.Enigma - Angela Bretas


Decifro-lhe em pedaços
Colhendo respostas aqui e ali
Revirando frases não ditas
Que ecoaram em atos...

Busco encontrar em meio a dúvidas
Um sinal, uma dica
Uma luz, uma mira
Que acerte suas feridas...

Quem sabe assim
Te curando primeiro
Consiga por inteiro
Desvendar este mistério ruim...

Que embaça sua razão
Te poda... bloca
Te seca... sufoca
Calando seu coração...

Te escreverei ao amanhecer
Com palavras em versos e prosas
Não criarei um mundo cor de rosas
Mas lhe ensinarei o verbo esquecer...

Serei seu remédio
Seu tudo, seu nada
Sua eterna mulher amada
E curarei o seu tédio...

Deixa portanto eu te desvendar
Revele a mim o que te sufoca
Não pense que quero algo em troca
A não ser poder te amar...

E.006.Eu Penso em Ti - Luzinha Bastos


Eu penso em ti
Contemplando a aurora
No fim de tarde, a toda hora
Eu penso em ti;
Caminhando à margem do rio
Sinto em profundo vazio
E sozinho em meu caminho
Eu penso em ti.

Eu penso em ti
Com a cabeça ao travesseiro,
No trabalho, o tempo inteiro
Eu penso em ti;
Quando ouço uma canção
Você invade meu coração
E entre lembranças e esperanças
Eu penso em ti.

Eu penso em ti
Numa roda de amigos,
Recordando fatos antigos
Eu penso em ti;
Foragido noutros braços,
Beijando outras bocas,
Dançando com alguém,
Por mal ou por bem
Eu penso em ti.

Quisera aprender a te esquecer
Ou pelo menos pensar
Que você não existe,
Mas a saudade insiste
E novamente eu penso em ti.

Eu penso em ti
Quando não quero pensar,
Confesso que muitas vezes
Dá raiva de lembrar,
Mas... Eu penso em ti,
O que é que eu vou fazer?
Eu penso em ti,
Eu penso em ti
Porque não dá pra te esquecer.

E.005.Esta Difícil - Maripos@


Está difícil
De sentir você chegar
E termos um monitor
A nos separar...E termos um monitor

Está difícil
Escrever
E ler você
E estarmos tão distantes

Está difícil
Sentir você aqui
Sem poder te tocar....
Te acariciar...

Está difícil..
Segurar o coração
Batendo tão forte
De tanta emoção...

Está difícil
Sentir os seus olhos sorrindo
Tua boca me beijando
Suas mãos me acariciando

Está difícil
Sonhar com você, te imaginar
Em sonhos te possuir... e te amar
Está muito difícil de me segurar...

E.004.Enquanto Esperava por Ti - Angela Bretas


Enquanto esperava por ti
O vento acariciou a palmeira
Os pássaros revoaram em bandos
Os rios mudaram seus cursos...

Enquanto esperava por ti
Os prantos foram constantes
Os sonhos desfaleceram vibrantes
A esperança fez-se ausente...

Enquanto esperava por ti
O relógio esqueceu seu compasso
Meus pés me guiaram em passos
Meu corpo esperou teu abraço...

Enquanto esperava por ti
O sorriso vestiu-se de choro
A alegria procurou abrigo
A tristeza me foi companheira...

Enquanto esperava por ti
Envelheci sem crescer
Minguei sem saber
Deixei de viver...

Enquanto esperava por ti...

Cronica - I.001.Inconstitucionalidade - Douglas Lara

Estávamos caminhando na avenida Ipiranga, na altura da praça da Republica, meu grande e saudoso amigo Joel de Faria Braga e eu. Era um início de noite de outono, muito agradável. Tínhamos saído do prédio do CityBank, na famosa esquina da avenida Ipiranga e São João (em São Paulo), imortalizada por Caetano Veloso. O escritório da Price Waterhouse ficava ali e nós, os solteiros, impecavelmente vestidos chegamos em poucos passos à boate Oásis, local onde iam os ricos e famosos da época. Aqueles com mais de 50 anos hoje, devem lembrar da boate, logo no início da 7 de Abril. Local famoso por muitas referências, sendo uma a do playboy Baby Pignatary que adentrou com uma possante moto e desceu as estreitas escadas para entrar na boate. Paramos na porta da Oásis, no nível da rua e pudemos ver que naquela noite aconteceria um show com uma cantora famosa. O Joel, da cidade de Casabranca, junto de Jacareí no Vale do Paraíba, um pouco menos caipira que eu (de Sorocaba) decidiu que deveríamos entrar para assistir o show. Bons tempos aqueles, quando os jovens do interior, que faziam faculdade (nosso caso na USP) sempre eram bem quistos e conseguiam ótimos empregos. Naquela época, podíamos andar a vontade naquela metrópole (com jeito de província) de 1 milhão e meio de habitantes, mesmo pela praça da República e subir a rua Jaguaribe na direção da avenida Angélica. Pessoalmente tinha apenas uma arma, se lembrar no final esta estória eu conto por que e para que era esta arma, tempo da caixa de fósforos que ninguém metia o bico comigo. Então, e sempre tem um então ou porém na vida da gente, o porteiro secamente nos avisou: -" aqui só entram casais e vocês estão desacompanhados". Foi então que o Joel falou bem alto para todos ouvissem: -" o que o senhor está fazendo é inconstitucional". E, começou a justificar, se estamos bem vestido e sóbrios temos o direito de entrar e assistir ao show, e portanto desejamos entrar e queremos uma mesa para nós (olha o caipira mais velho falando na presença do mais novo, o Lara de Sorocaba). O porteiro insistiu que só era permitido a entrada de casais e ainda acrescentou que não estava vendo nenhum casal ali. Éramos apenas dois homens desacompanhados querendo entrar na Oásis, o que definitivamente não era permitido. O Joel sempre certo e sabedor dos direitos da pessoa, o que chamam de cidadania hoje, disse em alto e bom tom: -"se o senhor não permitir nossa entrada iremos chamar a polícia". Olha eu atrapalhado, pois tudo que envolvia polícia, me parecia assustador e eu não queria estar no meio. Preferia um péssimo acordo do que uma boa briga. O porteiro disse que não seria necessário chamar a polícia, e solicitou que aguardássemos que ele iria chamar o gerente do estabelecimento. O gerente da boate, também tentou argumentar, na esperança de que desistíssemos. Foi em vão e por fim, o tal gerente, autorizou que entrássemos. Dentro da boate queríamos saber onde seria nossa mesa, então o gerente disse: -"os senhores sabem que homens desacompanhados ficam no bar". Isso eu já tinha visto em filmes onde os personagens ficam sentados naqueles banquinhos altos, que até hoje chamo de equilibrista, chego a pensar que a origem da música da Elis Regina, veio daí. O barman nos atendeu com a maior delicadeza, colocando a nossa frente dois copos longos, para wisky e um baldinho de gelo. Perguntou apenas qual a marca que preferíamos, e optei pelo Grants, visto que não existia whisky nacional. Impecavelmente éramos servidos, sempre que terminávamos uma dose o balcão do bar era limpo com um guardanapo imaculadamente branco e um café fresco era servido. Ficamos curiosos e fomos ver o local onde a cantora iria se apresentar, pois tinha uma cortina que não permitiria vermos nada. Ficamos preocupados em como iríamos ver o show. Neste momento ainda não sabíamos se iríamos 'ver' o show e quanto iríamos pagar para que a boate ficasse dentro da constitucionalidade. O gerente criou uma situação do tipo pagar para ver. Pensava, pagar quanto? Foi então que o barman explicou: -"quando começar o show os senhores vão até a brecha da cortina e assistem pela fresta, em pé". Foi aí que eu perguntei para descontrair o ambiente: - "em pé ou de pé"? Ninguém sorriu, nem sorriso amarelo ... E, o ritual continuava, whisky em copo limpo, impecável 'grants' no copo, cumbuca de pipoca feita na hora e toda vez que terminava uma dose era servido café fresquinho. Na hora do show assistimos em pé e de pé, muito mal e voltamos a nos equilibrar até que as 4 da manhã, quando finalmente pedimos a conta. Qual não foi nossa surpresa quando verificamos que a conta correspondia a aproximadamente meio salário mensal de cada um. Pagamos com cheque do citybank, que era onde a Price depositava o salário dos funcionários. E, andando para tomar cada um seu ônibus e voltar para casa, concluímos prometendo que não iríamos nunca mais discutir se uma barreira criada como aquela seria ou não inconstitucional. Esta era a forma de discutir cidadania naquele início de 1960. E nunca mais insistimos em entrar onde não éramos benquistos pelos 'donos' da casa. Fico pensando e rindo quando falamos de cidadania, nos tempos atuais, lembrando deste grande e querido amigo Joel de Faria Braga. INCONSTITUCIONALIDADE? DOUGLAS LARA

E.003.Este Amor - Herzer


De onde vem essa força que me
prende a seus olhos?
Para onde vão esses prantos que por você eu choro?
Que fazer para obtê-lo por um momento?
Como fazer para tirar sua imagem
doce do meu pensamento?
Como perder-me por um instante em seus cabelos?
Como fazer você responder aos meus apelos?
Meus olhos cantam uma canção de amor por ti,
canção que nem no mar jamais ouvi.
Se eu pudesse tocar seu rosto em meio à
chuva e lentamente tocar seus lábios dóceis e quentes,
tocar seu corpo e nos seus braços,
fechar os olhos lentamente...
Sei que não adianta dizer mais e mais poesias,
pois nenhuma delas explicariam você.
Só me resta fechar os olhos e te esquecer,
meu coração deixar chorar, deixar sofrer,
e em meu peito sua imagem, aos poucos,
deixar morrer...

E.002.Estar Sozinha - Jane Lagares


Caminhar sozinha.. em estradas íngremes e sinuosas..
Num deserto povoado..
Ter sede com águas límpidas que se enxerga ao longe..
Onde, por vezes, precisa-se de mãos entrelaçadas, apertando a nossa,
na cumplicidade da existência, do momento..
Do olhar, amigo, sereno, silencioso a dizer:
estou aqui com você!
Essas são as fases da vida.. e, fico pensando,
que ainda têm pessoas que se acham únicas e poderosas,
que chegam a afirmar que não precisam de ninguém...
Eu preciso!
Muitos precisam!
Quando a vida vem, num repente,
e extirpa um pedaço da gente..
Como vento forte que desfolha a árvore...
Como chuva forte que, também de súbito,
invade um dia claro..
Como jardim florido, com habitantes sensíveis,
que é alvo de granizo..
Que será visto no outro dia pelo jardineiro,
que na cumplicidade do amor, o refará..
abraçará, dará o carinho em reciprocidade
do momento das flores..
E ele voltará a ser visto e admirado..
Olhar para um jardim viçoso é bálsamo para os olhos,
é ser feliz junto com a alegria dele..
Cuidar dele quando algo o atinge, só para o jardineiro que o ama,
que faz parte dele, que se fez nele,
que colocou nele o melhor de sua essência, que fundiu
sua habilidade e sentimento à sua beleza..
Ele chorará com as flores, cuidará delas, segurando as mãos invisíveis,
abraçando-as em silêncio, olhando-as com o mesmo amor, silenciosamente,
traduzindo a segurança do renascer..
Mas, há de haver outros bálsamos..
Lá fora, o mar é azul e belo..
Outras flores nascerão como presentes...
O céu transforma-se em sol..
Em brilho...
Em plenitude..

Vitória se tem..
O jardim foi recuperado,
e nós, bravamente,mesmo sozinhos,
conseguimos caminhar na estrada..
Vencer os obstáculos..
Continuar a vida..
E sermos mais fortes a cada dia..
Construindo e reconstruindo cada pedaço de vida..
Olhando-nos no espelho de nós mesmos
e refletindo a nossa existência...
De essência e fibra,
refletindo a força das águas, a serenidade
e sensibilidade das flores.

E.001.Eu amo muitas coisas em voce - Miriam Manner


Eu amo muitas coisas em você...
O seu sorriso, seja qual for a causa...
O seu olhar, esteja ele voltado para qualquer lugar.
O seu coração, que teima em se fechar,
mas, quando ele se abre,
ahhhhhhh... tantas coisas tem à dizer...
A sua alma, que faz a minha querer viajar com vc...

O seu sorriso tem algo de especial...
Um jeito maroto... criança... brincalhão
mesmo quando não é espontâneo, tem a capacidade
de me fazer sorrir também, porque vendo você feliz,
eu também fico feliz !!!
Seu sorriso envolve meu corpo,
minha alma e meu coração.

Ah, o seu olhar!!!
Principalmente quando está voltado para mim,
me faz delirar... é como se fosse uma espécie de remédio
que curasse todos meus males,
toda a febre que sinto quando longe de você estou...

O seu coração é lindo, mesmo fechado...
Mesmo que você não se abra, sua alma diz o contrário,
reflete a luz que a nenhum exterior se iguala...

Você deixa escapar um pouco de luz que carrega,
luz essa que não envolve só a mim, mas também
à todos que estão por perto...
A sua magia que encanta...
É impossível não se apaixonar...

B.015.Brincando de Viver - Odete Ronchi Baltazar


Hoje,
lembrei-me de quando,
em criança,
brincávamos de comadres,
minhas amigas e eu...
Brinquei tanto e tanto que,
na minha memória,
aquilo devia ser o bendito céu...
Embrulhávamos conchas de sonhos,
galhinhos de verde e mel.
Tudo embalado em lustrosas e coloridas
folhas de outono,
plenas de doces e azuis estórias.
Os presentes,
sempre bem vindos,
tinham gosto de sonho,
de nuvem embrulhada em diáfano véu.
Amarelos caracóis
nos emprestavam suas casolas,
e lá se arranjava
mais um enfeite pra amiga mais carola...
Que saudade é esta que me chega tão fora de hora?
Deve ser hora de visitar minha amiga Carola...

B.014.Brincando de Estar Feliz - Odete Ronchi Baltazar



Estar feliz é estar perto,
é chegar quase,
é ter teu amor sempre certo.

Estar perto é estar aqui,
é estar a rir,
é teu calor ter assim.

Estar aqui é estar perto,
é ter teu amor sempre aberto,
bem certo pra mim.

Estar assim é estar em mim,
é estar aqui,
com teu amor certo,
sempre por perto,
bem dentro de mim...

B.013.Banco Vazio Silêncio - Maria Thereza Neves


perdi o encanto
em mil faces
no branco vazio silêncio
perdi letras
poemas
e cores.
perdi o encanto
em mil ecos
no branco vazio silêncio
perdi músicas
sons
e sonhos.
perdi o encanto
em mil vidas
no branco vazio silêncio
em chuvas que lavam ruas
arrastam memórias nuas,
cruas.
perdi o encanto
em mil lágrimas
no branco vazio silêncio
em gotas
que rolam almas.
perdi o encanto
em mil desencantos
no branco vazio silêncio.

B.012.Beijo Bem Beijado - Maria Thereza Neves


Desejado
ou
ROUBADO

emoção do gosto
sabor de calor em chamas
dança de bocas
nas entranhas
famintas, suaves lábios

roçar das bocas
carícias plantadas
colhidas em beijos
toques selvagens guardados
grudados
entoando alegria
essências flutuantes
desvarios de mel
de beijos
bem beijados
ou
roubados

B.011.Beleza Mulher - Paulo Fuentes


Mulher !!!

Abra o seu sorriso,
Faça com que seus olhos fiquem mais brilhantes.

Tudo isso mostrará a sua beleza.

A verdadeira beleza de uma mulher,
Não está nas roupas que ela usa,
Nem na imagem que ela carrega,
Ou na maneira que ela penteia os cabelos.

A verdadeira beleza de uma mulher,
Tem que ser vista a partir dos seus olhos,
Porque essa é a porta para o seu coração,
O único lugar onde o amor reside.

A beleza de uma mulher,
Não está nas marcas do seu rosto.
Mas a verdadeira beleza numa mulher,
Está refletida na sua alma,
Está no cuidado que ela amorosamente tem (pelos outros), e na paixão que ela demonstra.

E a beleza de uma mulher,
Com o passar dos anos, apenas cresce.

Você MULHER, já notou como está bonita hoje?

B.010.Buscando uma Saída - Celito Medeiros


Um dia eu pensei que era diferente
De todos estes caras chatos
Que me rodeiam pela vida.
Percebi que não concordava
Com os conselhos que recebia
Afinal nem sempre estavam certos.
Eu pensava diferente
Eu agia diferente
Eu era diferente.
Via muitos defeitos nas pessoas
Muitas com o mesmo problema
Que eu já conhecera antes.
Parecia que toda a humanidade
Sofria dos mesmos males
E não encontravam respostas.
Tanta gente com medo de avião
Com medo de alturas
Com medo de mar.
Tanta gente com depressão
Outros estressados
Outros tantos sem nada.
Mas sem nada mesmo
Completamente vazios
Sem rumo.
Então percebi
Que as dificuldades que eu tinha
Eram simplesmente minhas.
Então mudei
Comecei pelas minhas dificuldades
Busquei como me libertar
Saí fora da rotina
Não me deixei enganar.
As promessas de ajuda
Que o povo recebe sem funcionar
Desestimulam, ferem e matam.
Então percebi a armadilha
Em que todos nos encontramos
Possuímos um passado
E nele fui buscar a saída.

B.009.Brindemos - Marilena Trujillo



Onde está o meu coração?

Quando foi que o perdi?

Quando e como...

Qual o momento exato que você o levou?...

Ah, meu querido!

Em que momento

Deixei meu coração em suas mãos de vez?

Nesse momento, passei a ser você...

Tudo em volta perdeu a razão de ser...

Sei apenas que a emoção gritou seu nome

Que meu corpo todo tremia

E suas palavras doces bailavam

Em minha mente em todo meu dia!...

Um brinde a nossa amizade!

Um brinde por tudo que virá!

Um brinde pela eternidade!...

A emoção tomou conta de tudo...

Seus beijos levaram minha calma

Entorpeceram minha alma!

Hoje minha razão é sem razão

E tudo que era errado, agora é certo...

Já não pergunto se é correto,

falo de um amor desesperado,

Tão doce... tão lindo

E tão concreto!...

B.008.Brisa e Perfume - Wanderlino Arruda


A brisa que passa
e envolve teu rosto,
a brisa que voa
e sorri em teus cabelos
é brisa de muito amor.
Ajuda a iluminar tua beleza,
Mais do que tudo.
Adoro o encanto da brisa
porque faz parte da vida,
é muito da minha alegria.


A brisa que passa
e que te faz carinhos
me dá lindo sentimento de amor,
me dá contentamento
de participar da Natureza.



Porque a brisa te faz mais linda,
dela não tenho ciúmes.
Porque a brisa me traz perfume,
Dela me aproximo,
Aproximando-me de ti.
A realidade do ser feliz,
ajuda-me a viver,
ajuda-me a te sentir, minha querida

B.007.Banho de Chuva - Alessandra Bandeira



Chuva de verão
Inundou meu coração
Mudando o meu ser
Me fez ser criança
Que dança e balança
Na dança do bem querer
Pulando nas poças
Abri os braços para o céu
Senti cada gotinha escorrer
Roupa molhada, cabelos ao vento
Olhos fechados, pés no chão
Deliciosa sensação
A roupa que era branca
Ficou transparente
Como criança, sem vergonha
Que dança e balança contente
Parecia insana a minha atitude
Mas insanos são aqueles
Que nunca curtiram um banho de chuva
Esqueci do mundo, dos problemas...
Nos pensamentos, somente a vontade
De pra sempre curtir aquele momento
Onde não existem coisas complicadas
Apenas a sensação molhada
De amar as coisas simples da vida
Tal como meu banho de chuva

B.006.Beijos Poéticos - Marcial Salaverry


Beijos poéticos são aqueles,
que se não tem o encontro dos lábios,
tem o encontro das almas...
São beijos quase vividos...
quase sentidos... são apenas lidos.
São beijos encontrados
nas rimas de uma poema de amor...
mas que transmitem muito calor.
São beijos dados na alma...
coisa que excita... e acalma.
Sabemo-nos amados,
sentimo-nos beijados...
No físico, não os temos,
na alma os recebemos...
São sentidos no coração,
dando toda a emoção.
São beijos poéticos...
quase proféticos.
Mostram como poderá ser...
o amor que se viver...
Se será ou não será,
depois se verá...
São apenas... beijos poéticos...
descobertos e sentidos
nas rimas de um poema de amor...