quinta-feira, 31 de outubro de 2019
E.069.Escolha Inconsciente - Thais Arrighi
Conto minha história
De tempestade escondida
Abstrata...Perdida...Marcada...
Corredeiras...inconscientes
Presentes...Do meu eu sem você!
Mas quando as águas estão calmas,
Preferiria fechar meus olhos
E repousar, sem nada dizer,
Nestas águas claras e pacíficas.
Mas as chuvas voltam a cair
Os regatos se enchem...
Redemoinhos me apanham
No meu inconsciente,
Você presente...
Mesmo se sonhasse viver em paz
Os acontecimentos exteriores
Agem tão fortemente sobre
A minha vida que me obriga
A reentrar na corrente consciente...
E...A evitar as escolhas,
A vencer os rápidos...
Na esperança de chegar, enfim,
A um porto mais tranqüilo...
Num espaço de liberdade
Inconsciente...Você!
E.068.Eu quero - Odete Ronchi Baltazar
Quero balas coloridas,
os abraços multicores,
beijos com todas as luzes.
Quero bocas lambuzadas,
mel em todas as flores.
Quero sons angelicais,
harpas, pianos, flautins.
Quero o riso solto,
e o amor doce e leve
como os hai-kais.
Quero o abraço quente,
a mão amiga e contente,
o olhar meigo,
o gesto de amor eterno,
sem fim.
Quero você aqui,
assim,
sempre,
bem perto de mim.
E.067.Emoções do amor - Marici/Marcial
O amor é bom realmente,
com total participação,
sentindo sempre aquela
quente e gostosa emoção...
(Marcial)
O amor tem muita sensação...
É gostoso... pura emoção
Num afoguear
De pura participação
(Marici)
Afoguear causado
pela excitação
de um desejo controlado,
mexendo com o coração
(Marcial)
Sim mexe com o coração
Num ir e vir...
Provocando...Total liberação
Nesta adorável sensação.
Do participar com emoção.
(Marici)
sempre é emocionante
um encontro de amor,
sentido com fervor...
é algo deslumbrante,
quando se ama o bastante.
(Marcial)
E assim é nosso amor
Um querer sem fim.
Sem reservas e sem domínios
Numa total cooperação
Do verbo amar.
(Marici)
E.066.Ecos do Silêncio I
Muito além das nuvens
muito além do tempo
muito além do hoje!
Os ecos do passado, calaram
fu-ra-ram montanhas, rochas
ul tra pas sa ram fronteiras
não deixaram, registraram palavras
marcas,sinais.
Sumiram.
Não ouço mais nada!
Neste silêncio cego, mudo
caminho por novos horizontes
ao som da música
Muito além das nuvens
muito além do hoje
muito além dos Ecos do Silêncio !
E.065.Eternos Namorados - Marcial Salaverry
Velhos namorados,
Namorados velhos.
Viveram namorando, e se
Enamorando.
Uma vida juntos...
Ei-los ainda, como dois
Pombinhos arrulhantes.
Cabelos brancos,
Mãos dadas...
Passeio no jardim.
Velhice não é o fim.
Romance não tem idade,
Essa é a verdade.
Uma vida juntos,
Namorados em principio,
Namorados pelos anos afora,
Quando a vida for embora,
Namorados ainda que na Eternidade.
E.064.Esse gostoso amor - Marial Salaverry
Esse amor assim vivido...
Esse amor assim sentido...
É um amor que não deve ser perdido.
Pode não ter presença constante,
mas é forte o bastante...
Assim vivendo... a distância suportando,
sempre é bom estar amando...
O beijo dado em pensamento,
não tem nenhum lamento...
Tem calor... tem carinho...
Conhece bem o caminho
que leva ao coração...
Sempre desperta uma gostosa sensação...
Chega a sentir-se o toque de mão...
O passear dos dedos... num mágico toque...
É um amor sem muito retoque...
sente-se o abraço...
O gostoso amasso...
Esse amor tão bem assim vivido...
Esse amor tão gostosamente sentido...
Esse amor que sempre tivemos...
Esse amor... meu amor... Esse amor.
E.063.Escreve Poeta - Marcial Salaverry
Escreve poeta...
Não deixe o amor morrer,
Não deixe a alma perecer.
A vida é bela,
Há que sabê-la viver...
A poesia é bela,
Não a deixe fenecer.
Escreve poeta...
As belezas do amor...
Com tua alma poetal,
Dê à vida mais calor.
Escreve poeta...
A vida é uma linda poesia...
Sem tuas palavras,
É uma triste monotonia.
Escreve poeta...
Não deixe o romantismo fugir...
Com mais um poema,
Faça o amor ressurgir.
Escreve poeta...
Sempre de amor falando...
Continue a vida mantendo,
Sempre o amor resgatando.
Escreve poeta...
Não se deixe desanimar,
Se alguém o criticar,
Dizendo que o amor morreu.
Se mais uma poesia escrever,
Ele irá renascer.
Portanto... escreve poeta...
E.062.Eternamente - Lucelena Maia
Num cantinho especial
Sem censura e sem domínio
Ao som do violino
Com romantismo e prazer
Alguém poderá dizer
O quanto é fundamental
Recordar os bons momentos
Reviver com nostalgia
Esnobar a monotonia
Em alegria se perder
Só para reviver
Um amor que aconteceu
Perdurou e fez brotar
O desejo de amar
Eternamente "alguém"...
E.061.Entendo - Lucelena Maia
Foi-se o tempo, eu bem sei,
Mas como explicar sem sofrer
Tudo o que acreditei
O vazio que não notei
A união quando se desfez
O diálogo que não aconteceu
As cartas rasgadas
A ausência quando da presença
A falta da despedida
A aliança no carpete jogada
A porta escancarada
Minhas lágrimas...
...Mais nada.
Entendo,
Até juntei os pedaços de mim,
Nem finjo que tenho um solitário
A enfeitar meu dedo anelar,
Nem penso em telefonar,
Não sento no sofá a olhar a porta
Esperando-o voltar,
Não faço jantar
Para não colocar na mesa mais um lugar.
Nem fantasio diálogos, abraços
Beijos para não me machucar.
Sofro e entendo
Que ele continua grudado a minha pele
Sem que eu consiga me livrar...
E.060.Encenação - Lucelena Maia
Este meu jeito bronco
De quem nada tem a dizer,
Que escreve frases incompletas...
...Foi este homem que escolheste ter.
Corpo forte, suado, desajeitado
Que não consegue gesto fino fazer
Acostumado à lidas pesadas...
Foi este corpo que desejaste ter.
Você se perdeu em minha simplicidade
Fez-me de desejo enlouquecer
Linda, bela, com formosura e delicada...
O que mais eu poderia querer?
Tantos foram os momentos
Numa melodia sincronizada
Encenação de mil acontecimentos...
...Representando os apaixonados.
Primeiro ato, amor proibido, separado
Segundo ato, manchas de sangue no chão,
Aplausos, no terceiro ato com a morte da Princesa.
Quando das cortinas cerradas, quem morreu foi o Plebeu.
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