segunda-feira, 25 de agosto de 2014

O.012.O Tempo - Regina Veyhes


O tempo se desenha em almas
em veias, no olhar.
É massacre ou alento para as dores passadas
e as que ainda vão chegar...

O tempo assusta num eterno se renovar.
Apodrece ou dá polimento
ao sentimento maior: Amar.

O tempo é exato e preciso,
segundos, horas e anos...
Também é barco sem leme,
desliza como uma vela no mar...
Sem saber onde é o porto,
mas com a certeza de chegar...

O tempo nos leva sempre
ao solitário mundo de nós mesmos,
onde só nós sentimos o seu pesar.

O tempo ainda é o nosso melhor par
quando banaliza as nossas dores de agora
transformando-as amanhã em quase nada
com o seu lento passar...

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