sexta-feira, 29 de maio de 2015

S.030.Se fossemos anjos - Vilma Galvão


Se fôssemos Anjos,
talvez pudéssemos ser mais livres.
Nosso amor poderia ser diferente,
e nossas alegrias menos sofridas.
Se fôssemos Anjos...
Talvez não tivéssemos tantos medos,
ou talvez o céu nos acolheria
e abençoaria os nossos sentimentos...

Se pudéssemos voar,
voaríamos até o limite das nossas capacidades,
e buscaríamos o impossível,
dentro do universo, dentro de nós mesmos...
Se fôssemos Anjos...
não mais magoaríamos um ao outro,
pois seríamos iguais,
nas palavras, nas atitudes...
Na liberdade!

S.029.Se eu lhe falasse - Vilma Galvão


Se eu lhe falasse do meu amor...
Talvez pudesse entender,
como ele foi grande...
Talvez entendesse também,
porque fiz tantas loucuras,
porque agi muitas vezes estranhamente,
porque perdoei tantos erros seus...
Se eu pudesse lhe explicar,
quem sabe você entenderia...
Mas é difícil,
Não saberia por onde começar,
Pois, nem eu mesma sei como é exatamente
este sentimento que se instalou em mim.
Tanto tempo...
Sei agora,
que ele foi muito grande e forte,
Que passou em meu coração,
tirou tudo do lugar,
e de repente, sumiu...
Deixando apenas uma sensação de angústia...
Quando penso em você agora,
já não me corre um calor pelo corpo, como corria,
já não fico ansiosa com sua chegada,
já nem tenho vontade de lembrar de você...
Quando penso em você,
sinto apenas uma grande tristeza,
uma profunda tristeza...
De ter sido o que foi,
de ter feito o que fez,
por ter se transformado nessa pessoa,
que hoje olho, e desconheço...
Se eu pudesse falar dos meus sentimentos por você,
talvez entendesse a minha decisão
de não te querer mais,
de não poder mais te perdoar.
A minha decisão de que cada um de nós,
deverá agora seguir rumos diferentes...
E quem sabe algum dia,
possamos sentar um ao lado do outro,
e descobrir que já não sentimos mágoas
e nem ressentimentos.
Ou talvez,
descobrir que aquele nosso amor nunca acabou...
Quem sabe?

S.028.Seja anjo - Vilma Galvão


É preciso ter paz no coração,
para poder vê-los.
É preciso estar livre de culpas,
para poder tê-los.
É preciso não questionar nada,
para poder ouvi-los.
É preciso merecer,
para que eles permaneçam!

Pense no seu Deus...
Pense num Anjo...
Sinta-se bem com a sua vida!

S.027.Se... - Vilma Galvão


Se você fosse um instrumento musical:

SERIA UMA FLAUTA.

Se você fosse uma fruta:

SERIA UMA MAÇÃ.


Se você fosse uma flor:

SERIA UMA ROSA.


Se você fosse uma ave:

SERIA UM CISNE.


Se você fosse um País:

SERIA O BRASIL.


Se você fosse uma cor:

SERIA O BRANCO.


Se você fosse uma estrela:

SERIA A MAIS BRILHANTE.


Se você fosse um poema:

SERIA DE UM GRANDE AMOR.


Se eu te encontrasse agora:

DARIA-LHE MILHÕES DE ABRAÇOS...

S.026.Sentimental - Cristiana de Barcellos Passinato


Se há um amor válido é o altruísta
É o amor da renúncia.
Não aquele egoísta
Tolhe e causa angústia.


Geralmente é utópico
Não prevalece
Mata o sentimento, lógico
Sem qualquer dúvida não se estabelece.


Feridas não se curam,
Rachaduras não se colam,
Dores não passam,
Confianças não se reconquistam.

S.025.Saboreie a vida - Vilma Galvão


Seja no mundo, alguém a ser admirado.
Procure seus dons e desenvolva-os.
Cuidadosamente, lapide a sua alma
e entregue a nas mãos de Deus.
Conforte seu coração, repetindo frase de otimismo...
Verás que a sua vida ficará mais leve.
Deixe as coisas um pouco de lado e converse com Deus.
Ele espera que você faça isso
mesmo sabendo de todas as suas aflições
Ele quer que você as conte...
Não leve tudo muito a sério,
pare um pouco e ria dos seus atos, ria dos seus problemas.
Esse ato de insanidade as vezes faz muito bem!
Quando tiver que decidir algo importante,
a primeira atitude a tomar
é esquecer da decisão até que
realmente chegue a hora de agir.
Uma decisão quando é muito pensada,
torna as pessoas anciosas demais
correndo o risco de não fazerem a escolha certa.
Viva a sua vida a partir de hoje de maneira diferente.
Tente mudar um pouco a cada dia.
Invente novos sorrisos,
resgate a sua alegria da infancia,
quando tudo era como um sonho...
Saboreie cada segundo com mais ternura.
Preste atenção em você;
O que tem feito para se tornar uma pessoa melhor?
Deus nos quer feliz
e a felicidade é fácil
quando conseguimos nos desligar de tudo o que é triste
e levarmos a sério só o nosso relacionamento com Deus!

S.024.Sim! - Bruno Kampel


Os tapetes choram a ausência
de seus passos
e as paredes suam clamores
que inundam a lembrança
do seu riso.
A janela embaça seus cristais
ao descobrir que das paredes
não penduram quadros senão penas
e que sobre os tapetes
flutua o eco insone
de seus passos de outros dias.
Nos vasos florescem
teias de aranha coalhadas
de lembranças
onde cada pétala é um beijo
e cada flor uma carícia
e cada dia um abraço
e cada sombra um espelho
e cada noite o reflexo
de sua pele sobre a minha
e cada instante uma angústia
que visita sem convite
minhas noites e meus dias.
E sentadas no jardim
as promessas quebradas
contemplam a janela
que mostra as paredes
que hospedam as dores
que declamam os queixumes
que caminham o caminho
que conduz até os tapetes
que calados sofrem
a ausência de seus passos.
E se arrastam as lembranças
nos tapetes de outros rastros
e passeia nas paredes
a fragrância de sua ausência
e desenho nas janelas
cicatrizes decoradas
com lamúrias desbotadas
com desejos exauridos
com perguntas sem resposta
e discursos sem sentido.
Sim. Solidão, nem mais, nem menos

S.023.Sempre Viva - Dayse Maria R. Moraes


E tudo ao meu redor é enorme abismo.
As letras flutuam distantes e confusas,
no espaço onde me perdi.
Sinto, vai-se a carne do meu espírito,
que de tão vivo, não mais sabe de si.
Quando eu me for, tudo mais ficará.
Se eu me for, só uma parte irá.
E de mim saberás nas estrelas do céu.
E a mim sentirás, quando a brisa passar.
E meu brilho terás cada sol ao nascer.
E a mim ouvirás nos sussurros do mar...
Se eu me for, só uma parte restará.
Deixei-me nos versos que ficarão.
Poderás seguir por estradas que te mostrei.
Secarás teu pranto com os lenços dos meus sorrisos,
e então perceberás que sempre viva estarei,
em cada lembrança que terás guardada no coração,
do amor que um dia infinitamente te entreguei...

S.022.Solitude - Bruno Kampel


Após algemar os pés da realidade
às cicatrizes da esperança vitalícia
fui procurar a felicidade insubornável
e num gesto imprudente de ternura
desativei o sofrimento e a tristeza
e tendendo uma armadilha ao infortúnio
decapitei o dissabor do desengano
enquanto a melancolia como sempre
desfraldando suas dúvidas ao vento
deitava-se no leito ambíguo da memória
ao passo que a saudade penetrava
como faca nas ausências mais sentidas
e mar adentro feito sangue navegava
pelas veias das lembranças de outros dias.

S.021.Sou muitas - Odete Ronchi Baltazar


Sou muitas
e,
muitas vezes,
poucas e boas.

Tantas
que me confundo.
Como marinheiro
sem uma popa ou proa.

Uma não seria bom.
Seria pouco
acho que pior.
Muitas é,
mil vezes melhor.