segunda-feira, 13 de janeiro de 2020
Q.024.Quando as folhas caírem - Guilherme de Almeida
Quando as folhas caírem nos caminhos,
ao sentimentalismo do sol poente,
Nós dois iremos vagarosamente,
de braços dados, como dois velhinhos.
E que dirá de nós toda essa gente,
quando passarmos mudos e juntinhos?
- "Como se amaram esses coitadinhos!
Como ela vai, como ele vai contente!"
E por onde eu passar e tu passares,
hão de seguir-nos todos os olhares
e debruçar-se as flores nos barrancos...
E por nós na tristeza do sol posto.
hão de falar as rugas do meu rosto
e hão de falar os teus cabelos brancos!
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