segunda-feira, 31 de março de 2014
G.007.Gastos Tempos - Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Nas espirais do tempo infinitesimal
são imensuráveis certos espaços de existir...
quanto duraria um adeus
no coração de quem está a mentir
com sorrisos e atitudes?
que medida teria um ódio armazenado
sem poder mostrar-se?
em que urna de porcelana frágil
estariam guardadas cinzas
do ressentimento incinerado?
qual o tamanho do Amor que não morre
apesar de quaisquer vicissitudes?
que forma teria a calidez
da verdadeira amizade?...
Muita vezes perdemos
o precioso tempo de Ser,
indo à cata de inúteis explicações
para dores, lembrares e experiências,
para tudo que não aconteceu
para o que existiu sem
que lhe déssemos licença...
São gastos tempos,esses de inútil procura
Na verdade, precisamos é de refazer
vivências, sem nos preocuparmos
com quaisquer explicações
que não sejam simplesmente
estar completamente vivo, para viver...
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