segunda-feira, 28 de abril de 2014

F.017.Fadinha da Floresta - Lisiê Silva


Eu não vivo nas grandes cidades.
Não pertenço às multidões.
Vivo junto à natureza.
Onde ouço o canto dos pássaros,
O murmúrio do vento.
A canção da brisa.
Para a Floresta, eu digo:
Deixa eu permanecer
para sempre contigo!
e serei para sempre tua...
De dia me banho nos teus igarapés...
e de noite me visto de lua...

Eu vivo onde a natureza me colocou.
Por que sou parte integrante do universo.
Para a Floresta, eu digo:
Deixa eu te fazer poesia!
E te colocar nos meus versos...
Da árvore, eu sou a seiva
que corre quando ela é cortada.
sou a brisa que sopra
No rosto da madrugada...
Sou a tranqüilidade da manhã.
Sou a alegria da tarde ensolarada...
De dia sou natureza pura...
e de noite, sou alvorada...

Aprendo a viver com o silencio da vida.
Me ilumino com o raio de sol.
Me perfumo com a essência das flores.
converso com as estrelas do céu.
Me embalo na correnteza do rio.
Para a Floresta, eu digo:
Me deixa aprender a te ouvir!
Quero escutar quando tu me chama...
E fazer do teu céu minha morada...
De dia eu serei feliz...
e de noite tu serás amada...

E para você que está aqui a me ler...
e que gosta da brisa que canta,
do barulho de chuva no telhado,
do orvalho que cai na noite,
das estrelas que brilham no céu,
e do vento que sopra na madrugada.
Eu mando,
Para você,
os meus beijos!!!
Beijos que enviarei pelos ventos...
Beijos que tocarão o teu rosto...
Beijos com a ternura da brisa...
Beijos com a umidade do orvalho...
Beijos no silencio da madrugada...
Beijos com sabor de céu...
Beijos da Fadinha da Floresta

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