A.097.Amor para sempre -Celito Medeiros

Quero mais uma vez
Plantar a nova semente
Acreditar no amor
Reviver a chama.
Fazer brotar o belo
Dar gritos para o ar
Rir como um bobo
Chorar de contentamento.
Sentir que ainda é tempo
De ter tal sentimento
A invadir meu peito.
Não importando o resto
Vou velar este sonho
Marcar um novo instante.
Vou me cobrir de cheiros
Rasgar apenas o silêncio
Impertinente e afeto.
Relembrar velhas canções
Sentir de novo o vento
Tocando ainda lento
De leve como outrora.
Do velho amor farei novo
Tudo de novo para este velho
Que é por fora e não por dentro
Aparente máscara que não ama.

A.096.Amor Desejado - Celito Medeiros

Tenho desejado amor duradouro
Que me adule o dia todo
Encontrando o tal tesouro
Sairei deste pobre lodo.
Assim poder sair por aí
Vislumbrar todos os sóis
No encanto do jataí
Estar embaixo de seus lençóis.

E, continuar pelo tempo
Enquanto desejares
Meu rosto ao vento
Admirando teus olhares.
Indo pela redondeza
Onde canta o sabiá
Mostra tua beleza
Outra igual não há.

A.095.Alô, quem fala? - Celito Medeiros

Ah, doce memória!
Tanta coisa que insiste
Pensamento que não resiste
Em sobrepujar o meu.
Se não gosto do que penso
Se não penso no que gosto
Por que insiste em se alojar
E perturbar a razão?
Às vezes me consola
Em outras me desola
Tentando imprimir
A sua própria vontade.
Se não é meu o
pensamento
Que me traz certo
tormento
Deixa sempre a dúvida
De quem será então?
Que voz é esta que sopra
Sempre desorientando
E minha vida mudando
Nas horas mais amargas?
Não é a voz da consciência
Já não tenho paciência
Para dizer que todo dia
É sempre a mesma agonia.
Deixe este velho soldado
Pelos menos um pouco de lado
Vá pegar outro caminho
E não me engane mais!
Já sei, sou eu que mando
Tenho que dar comando
Entrando na lucidez
Sendo só eu outra vez!!!

A.094.Ainda estou vivo - Celito Medeiros

É duro pedir ajuda
Depois de tantas falhadas
Parece não dar em nada
Toda reza que eu fiz.
Mas, diga não estou certo
De mudar um pouco de tática
Nesta vida tão dramática
Parar de pedir e ir buscar?
Oferecem tudo certo
Coisa dali, coisa daqui
Mas já estou ficando esperto
Não sou mais um guri.
Vou fazer minha própria feijoada
Nem que não dê em nada
Parado não vou ficar.
Procurarei pelos temperos
Pitadas certas que vou usar
Do meu próprio condimento
Serei tolo se errar.
O que não gosto, não mais farei
Do que achar errado caio fora
Um dia conseguirei
Mandar tudo isto embora.

A.093.Ainda é Tempo - Celito Medeiros

Meu amigo telefonou
Parecia preocupado
Eu muito ligado
Disse: Vem!
Vamos conversar...

Então fiquei sabendo
Porque estava abalado
Era seu filho
Um jovem drogado!

Que terrível descoberta
Espero que ainda em tempo
De transmitir o alerta...

O que sabes sobre as drogas?
Procura saber mais
Então fala com o rapaz
E sê de fato um pai...

Este mal que atinge milhares
Neste século conturbado
Não fiques aí parado
Vai logo, interfere!

Mostra tua garra, tua firmeza
E fala com franqueza
Com aquele que é teu filho
E das trevas recupere o brilho.

Não o culpes
Não te culpes
Enfrenta o desafio
Pois pode estar por um fio
Aquela viagem sem volta!...

A.092.Acorde, Amigo - Celito Medeiros

Meu amigo está dormindo
há muito tempo fingindo
que não há mais esperança
Sei que não gosta da omissão
Que não suporta tal pressão
de pessoas dominadoras
Só conheço tal caminho
e ficar aqui sozinho
nNunca dá em nada
Muitos procuram saída
para melhorar a vida
s se perdem na ilusão
Você é um ser vivente
neste planeta com gente
a espera da vitória
dê apoio à ética sempre
pois é isto comumente
que nos salva do perigo
Se quer futuro brilhante
deve pensar constante
em toda civilização
Ainda temos tempo, pois ainda
existe o vento para espalhar a novidade
Cada um que faça um pouco
e não chame de um louco, aquele
de boa intenção
Cada um na sua parte, usando muita arte
dará o grito de liberdade!
A vitória valerá a pena
Nesta luta muita amena
De pureza e grande amor
É só deixar o errado
Que fique pra outro lado
E nos deixe prosseguir
Você não estará sozinho
Pois quem vai neste caminho
Nada terá a perder
Um dia valerá a pena
O esforço que convenha
Todos nós a só amar!
(Continuo a insistir... Deixe de dormir
venha para a luta!)

A.091.A Caminhada - Celito Medeiros

Eu estava de bem com a vida.
O dia estava convidativo
para uma caminhada
Saí de casa à tardinha
para caminhar no Botânico.
Tempo Curitibano!..
Nem quente, nem frio.
Parecia que se formava um temporal.
Mas moro pertinho
é só uma caminhada!…
Logo retorno, afinal não é noite, apenas
tardinha.
Não levo agasalho,
pois estou vendo que a chuva demora.
Percorro o espaço.
Atravesso a rua e adentro.
Pessoas vêm e vão. Eu vou…
Parece estar tão bonito.
As flores?
Ora, como sempre.
Belas, alinhadas.
Uns fotografam, outros apenas
admiram.
Outros nem tanto.
Eu, tudo.
A tudo observo.
Crianças de escola, velhos.
Pessoas felizes,
outras…tristes.
Me pergunto: Por quê?
Por que umas tão diferentes das
outras?
Bem, raciocino…
As flores também são diferentes, até as
semelhantes.
Sentado em um banco está um jovem
bem vestido.
Calça e tudo combinando.
Óculos escuros, até modernos.
Meu engano!
Me aproximo.
Sento à sua frente.
Então que tal o dia?

Bem, me diz (ele, o cego real):
Deve estar como as pessoas.
Veja, olhe quanto há de belo à volta,
e não contenta a todos…
Nem as flores se contentam.
Como?!!.
Nem as flores se contentam como todos.
Eles não enxergam o que nós vemos.
É, parecem estar cegos.
Não, me diz ele.
Cegos, não!
Eles só não sentem.
Vêem e não se tocam.
Assistem e não se emocionam.
Não percebem beleza.
Cegos, não!
Apenas estão andando, andando.
Mas, veja como existem outros.
Mesmo que poucos, eles existem.
Que podem ter sentimentos.
Os outros, estão trancados.
Não sentem.
Cegos, não!
Só não sentem.
Cego sou eu, mas como você eu sinto!
Oh! desculpe, não sabia que...
Ora, isto porque você sente!
Agradeço, me despeço. Retorno.
Aprendo!

A.090.Ainda Que - Dayse Maria Moraes

Ainda que cales,
eu digo: Te amo...
Ainda que partas,
eu sempre ficarei...
Ainda que esqueças,
eu te guardarei...
Ainda que duvides,
eu serei verdade...
Ainda que me ignores,
serás minha pintura...
Ainda que pareça um sonho,
dormirei contigo...
Ainda que não possas me ouvir,
serás sempre a minha canção...
Ainda que não me toques,
serás minha tatuagem...
Ainda que pareça ilusão,
estarás em minha cama...
Ainda que não acredites,
eu te amarei...

A.089.A Noite Cai - Paulo E. Depiro

A noite cai...
mais uma vez...
A noite cai.


E ela nunca se faz só.
sob seu manto negro
de mistérios
e segredos


vem junto a solidão,
o amor, o sofrimento e a
inspiração.



A noite cai...
e mais uma vez se mostra
tão egoísta,


porque só com ela se pode
amar, sofrer e escrever.

A.088.Amo-te - Gilsa Pedro

Meu querido,
Minha vida,
És o ar que eu respiro, e fazes parte de mim.
Nossos momentos são maravilhosos.
Ao teu lado sinto-me a mulher mais feliz
Da face da Terra
Teus carinhos para comigo…
Teus mimos…
Teus beijos…
Teu olhar ...

Sim, amor !
Quando olhas para mim,
Com este olhar meigo e cheio de amor
Dizes tudo o que eu preciso saber.

Sim, amor !
Teus beijos quando tocam meus lábios
Sinto o nosso amor,
Aumentar ainda mais.

Sim, amor !
Teus olhos,
Teus beijos e teu Amor são para mim
Tudo na vida!

E nunca esqueça querido,
Amo-te!
Amo-te!
Amo-te!
Teu amor!