quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Crônica.D.008.Doar-se ao outro - Manoela Almeida


Doar-se ao outro...
O trabalho, as agitações do dia-a-dia sempre vão existir, mas o irmão que está ao nosso lado, não sabemos até quando estará conosco.
Muitas vezes sem pensar "matamos" os nossos irmãos. Esta palavra pode parecer dura ("matar"), mas na realidade o ato de matar o outro não acontece só de maneira física.
Matamos o outro quando o anulamos, quando só exigimos dele, mesmo sem saber como ele está, quando só fazemos as nossas vontades e sem perceber passamos por cima e só o chamamos de irmão quando precisamos.
Infelizmente, tudo em nossa volta está tão corrido, cada um querendo terminar o seu trabalho, os seus deveres... Deixamos tudo para amanhã. Damos a desculpa a nós mesmos: "amanhã eu vou amar", "amanhã eu pensarei no meu irmão", "depois eu pergunto como ele está", e vamos deixando tudo para depois...
O mundo nos leva a sempre pensarmos em nós mesmos, queremos amor, atenção e não percebemos que o outro também precisa. É preciso saber que: "O amor não se improvisa, o amor é uma conquista!".
É necessário gastar o precioso tempo que Deus nos deu para se doar ao outro.
O trabalho, as agitações do dia-a-dia sempre vão existir, mas o irmão que está ao nosso lado não sabemos até quando estará conosco.
Deus nos convida a viver intensamente esta frase:
Que nunca deixemos os nossos para trás.
É muito fácil acusarmos o irmão quando ele desiste ou erra, o difícil é aceitá-lo e ajudá-lo a levantar, o difícil é deixarmos a nossa posição, as nossas vontades e descer do degrau mais alto para levantar o outro que está embaixo.
Vamos juntos pedir a Deus a graça de deixarmos de ser egoístas, e passarmos a doar, nem que seja um minuto ou um sorriso, mas que seja doado com amor, pois cada vez que nos doamos aos outros, esquecemos a nós mesmos.
Assim teremos a graça de experimentar a verdadeira alegria - a que não passa, a de doar a vida pelo irmão.
Hoje, Jesus nos convida a amar concretamente, não com grandes atos, mas com pequenos gestos; gestos esses que são capazes de tirar o nosso irmão do abismo.

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