domingo, 19 de agosto de 2018

S.083.Saindo de licença - Celito Medeiros


Um indigesto manifesto
No temporário tempo
Que abrigou no abrigo
Tal o vento na ventania.
Assim ousar com ousadia
Na fiel fidelidade
Do coração à coragem
Morar na moradia
Um desatino destino
Tingiu a tinta
Borrou a borracha
Como o divino vinho.
Então criou a criatura
Acompanhou a companheira
Da vida vivida
Pelo temido temor.
Liberdade para ser livre
Custou a custódia.
Memorizou na memória
Licenciou a lição.
Aprendeu
Mudou
Saiu
Com licença!

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