segunda-feira, 13 de setembro de 2021

D.060.Desculpa - Andréa Borba Pinheiro


Por todas as besteiras que fiz,
Pelas vezes que menti,
Pelas outras bocas que beijei,
Pelos " eu te amo " que te falei.
Por todas as situações constrangedoras,
Pelas vezes que te enforquei mentalmente,
Pelas outras pessoas que ouvi,
Pelos desaforos que a ti desferi.
Por todas as palavras rudes,
Pelas vezes que não te amei o máximo que pude,
Pelas outras brigas que tivemos,
Pelos incontáveis dias a partir de hoje, nos quais, não nos veremos.
Por todas as verdades que omiti,
Pelas vezes que passaste a noite em claro, pensando em mim,
Pelas outras noites que tentaste me abraçar, e te repeli,
Pelos erros que cometi.
Por todos os equívocos,
Pelas vezes que te neguei um afago,
Pelas outras idiotices que fiz assim, sem pensar,
Pelos sentimentos, pelo amor que um dia nos uniu.
Por saber.
Pelas vezes que não quis saber.
Pelas outras vezes que você precisava saber,
E eu não contei.
Por estar longe.
Pelas vezes que te enganei... dizendo que estaria aí com você.
Pelas outras vezes que sonhei...
Pelos sonhos impossíveis que idealizei e não tive coragem de realizar.
Escuta, eu sei que você não vai entender...
Nunca vai entender...
Mas eu fui racional perante a cegueira da paixão,
Amor, eu feri, para poder proteger o teu coração.
Lembra de mim, tá?...
Quando você estiver em casa, sentado com a sua esposa,
Com os filhinhos correndo de um lado ao outro...
Lembra de mim, como alguém que te amou mais que a si mesma.
E, por favor...
Desculpa.

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