sexta-feira, 19 de novembro de 2021

S.117.Santa - Ana Paula Pedro


Afundar sobre a quente névoa de tuas ruas
Soprar como vento em constante persistência das horas
Lambuzar-me em tuas densas águas agridoces
Escalar as falésias de tua incoerente geografia
Renascer como oásis de teus secretos redutos
Esquecer de vez o deserto que há em mim
Cobrir a memória com o tênue lençol de algodão

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