quinta-feira, 30 de junho de 2022

H.023.Hombreira - Luiz Delfino dos Santos


Vagas cheirando a brisas das balseiras
Que vêm do oceano, num suspiro apenas,
E trazem conchas d'oiro e de açucenas,
A' flor da areia, expondo-as em fileiras.

Grutas soltas de nácar : mais não queiras
Nestes poemas ter;são vãs phalenas,
Que, para ir illudindo algumas penas.
Ato ás asas da noite, e ahi vão ligeiras.

Verás algumas pérolas, se fores,
Quando as ondas não crespas vão rolando.
Quando da tarde a luz cambiando as cores,

E ora azul e ora verde o mar baixando.
Têm nas escamas trêmulos fulgores,
E abrem-se às praias num bocejo brando . .

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