segunda-feira, 26 de junho de 2023
F.043.Finesse - Angélica T. Almstadter
Foi-se o tempo pacato da candura, a hora do recato e inocente compostura. Ficou um talho aberto pela castração, cerzido de retalho, atropelo e frustração.
Salve a meretriz que vai a luta; essa infeliz que tem fama sem ser puta! Riam sim dessa fulana, criatura hilária de quem não se sabe a cama, mas a tem por otária. Viva a doce prostituta que nesse teatro vil só conhece a labuta, e o gesto servil.
Espuma na língua infame o fel da acusação, vociferado desde o prenome, sem consternação. Bravos! Morre a míngua e não sem suspiros o sorriso com íngua, que viveu entre vampiros!
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