segunda-feira, 26 de junho de 2023

F.047.Frágil - Angélica T. Almstadter


Era um sonho de anseios encharcado
Acordou um dia seco como a prece
Destas que se faz em pecado
E a conexão não se estabelece

Era um sonho patético
Desses que carece alforria
Que se debate como epilético
Privação de sentido e agonia

Afogou-se na secura racional
Das pseudos paixões dominantes
Que sem cura margeia o emocional

Nasceu de uma aventura delirante
Sem solo fértil perdeu a raiz principal
Morre como brotou, num instante

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