segunda-feira, 8 de abril de 2024
E.127.Espaços - Angélica T. Almstadter
Grande esse vazio que cresce espande por todo o espaço.
Enormes esses nadas que se amontoa mamoldando formas vazias e sem cor.
Dentro desse infinito espaço que a nenhuma lógica obedece; verdadeiros, só os sons que ecoam mutilados por vozes em dor.
Deslocando-se de lá pra cá,de cá pra lá, à deriva,trombam com silêncios ácidos,falas ocas e criações pífias fingindo possuir gentil sabor.
Tantos compartimentos azuisrosas e furta-cores, já emboloram sob o cansaço da luz tênue que se apaga.
Foram recolhidos os sóis, as luas e seus mistérios surdos,não mais razão para colecionar:ilusóes, sentimentos, nem chuvas doces;atrás do pano a vida envelheceude tanto esperar...
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