segunda-feira, 29 de agosto de 2022
N.076.Nada em vão - Lucelena Maia
Assim como tu, também vagueio
num desatino de passos solitários,
inutil caminhar; volto e páro
diante da porta de meus anseios
Ao tempo, que se me diz amigo,
entrego a saudade trazida comigo,
a cada manhã, nessa nova morada
E, aos pés da Serra da Mantiqueira
de pura beleza pr'os meus olhos
ajoelho-me, caro amigo, e oro,
oração de uma forasteira
Que, um dia, pisou esse chão
aprazada em não ficar em vão,
pronta a abrir portas fechadas
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