segunda-feira, 29 de agosto de 2022

N.077.Não basta ser mãe - Lucelena Maia


Eu estava junto, torci, ralei, me empoeirei, empolguei, transpirei e aplaudi quando na linha de chegada meu ídolo, quase atleta profissional, apareceu sobre a bicicleta, após quarenta e seis quilômetros, duas longas horas esgotantes de pedaladas, para romper a primeira Maratona Radical Bike de 2009 na cidade de Mogi Mirim/SP.
Ele não se classificou entre os cinco primeiros na classificação geral, nem foi o primeiro na sua categoria, mas manteve média mínima de 20km e máxima de 45km/h, concluindo com excelente proveito esse desafio ao qual se propôs e que dei o nome de tranquilo desempenho.
A idéia de ser um mountain biker foi dele, o restante ficou por conta da mãe (eu) e do pai, aliás, principalmente do pai, que o equipou para que ganhasse as trilhas da Serra da Mantiqueira na região de São João da Boa Vista, próxima a divisa do sul de Minas Gerais.
O objetivo inicial era vê-lo pedalando com outros jovens, quando filiado ao Mantiqueira Bikers, para apreciar de perto a natureza, as cachoeiras, a vista dos mirantes deslumbrantes, os animais silvestres, plantas variadas e logo cedo assistisse ao crepúsculo matinal na cidade dos crepúsculos maravilhosos, no entanto os desafios chegaram rápido e sem que nos déssemos conta estava nosso filho nas competições de Down Hill, Up Hill, Cross-country, Maratona Radical e cicloturismo.
Ele treina muito, entre uma maratona e outra, usa vestimentas corretas, equipamentos básicos de segurança com suporte adequado, faz trilhas radicais, estradas de chão batido, alimenta-se bem, cuida de revisar a bike e alonga-se antes de pedalar.
Há quase dois anos sou parte de sua equipe de apoio.
É, não basta ser mãe é preciso participar de seus esportes radicais.

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