segunda-feira, 24 de julho de 2023

M.140.Manifesto ao silêncio - Um Poeta Vagabundo


Quatro horas da manhã
ouço o barulho da madrugada
na escuridão do meu quarto

não consigo dormir
e na imensidão do vazio
o som dos trens de carga
que levam o gado pro trabalho
me faz lembrar que estou no subúrbio

dia a dia adia meus planos
o futuro é tão incerto
oque hoje é floresta
amanhã será deserto

os cachorros vadios iniciam o latido coletivo
mais uma gata esta no cio
firmas anunciam os primeiros sinais de um novo dia
que pros pobres operários tanto faz
os dias são sempre iguais

porcas, arruelas e engrenagens
peças de um sistema escravagista e opressor
que agride com mãos de ferro
invisíveis e impiedosas

limitam a liberdade
transformando tudo em atitudes pré-determinadas
pelas revistas, filmes e programas de tv

criadores de conceitos, padrões e modas
fazendo girar a engrenagem
da maquina gigante e a prova de fuga

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