sexta-feira, 22 de setembro de 2023
C.107.Com a alma seca - Lucelena Maia
Na secura da inspiração tenho vivido
Há mais tempo do que tu, amigo poeta
A sofrer de fome, diante de tanta dieta
Porque versos não me são servidos
Já penso em procurar a um doutor
Que diagnostique o que há comigo
Em não havendo cura, saiba meu amigo
Deitar-me-ei no horizonte do labor...
Na seca imagem poética viverei
Como de seca alma vive um fora-da-lei
Assaltando versos de outros poetas
Para enxergar no pôr do sol alheio
A inspiração que não me vem do seio
Mas embala-me de forma discreta.
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