sexta-feira, 22 de setembro de 2023

C.109.Catarse - Angélica T. Almstadter


Será que deveria revelar meu disfarce, Expor de cara lavada meus dotes tímidos? Talvez assustasse meu medo e a catarse Que escondo atrás desses gestos insípidos.

Delicadeza de palavras morrem à míngua, Onde a presença nem sempre se nota. Sobra hipocrisia quando falta papas à língua; Circo e platéia para o bobo da moda.

Não vale um tostão a vaidade da verdade, Só há mesmo escombros na realidade, Que vale tão menos que a sinceridade...

Pois que morra como nasceu o segredo; Forte e imbatível como um rochedo, Hoje não faz mais sentido tanto medo.

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