terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

C.042.Cantato Sacro 0 Clevane Pessoa de Araújo Lopes


Mesmo quando as tempestades são duras
Minha alma quer manter-se pura e intocada
Erguendo-se, qual condor, nas alturas
De energia, gastando quase nada...

De costas para o vento, vai flutuando
Conduzida pelas bolsas de ar quente
Não há desgastes nem cansaço: voando
Faz-se parte do Cosmos, resiliente...

Alvo de flechadas, tiros, pedradas
Protege-se subindo mais e mais
Além das nuvens, no azul absoluto

E acha, asas abertas, não rasgadas,
Em átomos infinitesimais,
Deus, que mesmo sendo tudo, é impoluto...

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