sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
A.205.A espera - Pastorelli
Quinze minutos faltavam ainda para cinco e meia. Mesmo assim resoluta se encaminhou para o elevador. Na recepção desejou um bom fim de semana à recepcionista.
Ao sair para a rua sentiu o impacto do vento cortando seu rosto moreno. Enfiou as mãos no grosso casaco como se tal gesto fosse protegê-la do frio. Época boa para caminhar costumava dizer.
Parou no pipoqueiro comprou seu saquinho habitual. No semáforo atravessou a rua. Um quarteirão depois, à esquerda, desceu o declive pela trilha que cortava o canteiro onde a placa fincada bem no meio do verde dizia em letras quase apagadas: não pise na grama, deixando a marca dos pés sobre os muitos pés de transeuntes apressados.
O ponto do ônibus como sempre era um imenso formigueiro. Parou afastada da massa aglomerada à beira da calçada olhou o relógio. Dali a pouco o noivo viria apanhá-la.
Como sua vida podia ser de uma futilidade de nada lhe acontecer a não ser o corriqueiro foi o que perguntou a si mesma observando a afobação das pessoas em querer tomar a condução, via uma ânsia de se ter alguma coisa para se fazer, de se ter um compromisso que provavelmente, preencheria a vida de cada um.
Indignava-se com aquela afobação. Um empurra sem fim que só demonstrava ignorância bestial contra o semelhante. Todos de uma maneira ou de outra chagariam em casa, por que precisavam ir todos ao mesmo tempo?
Mudou o pé de apoio. Cruzou os braços. Do peito saiu um suspiro curto, cansado. Droga de vida! Por que ele demorava?
Nisso sem saber, começou a sentir um pequeno formigamento do lado esquerdo ao mesmo tempo a temperatura do corpo subiu. Não agüentava o calor. Apesar do frio tirou o casaco. Pôs se a andar de um lado para o outro na esperança de que a sensação esquisita desaparecesse.
Angustiada perdia o controle dos movimentos. Horrorizada suas mãos subiam e desciam acariciando seu corpo. Dos lábios saiam gemidos lascivos. Tinha noção do que se passava, não conseguia deter as mãos, nem a voz.
Nisso a senhora ao lado que a olhava de soslaio, se afastou quando resolveu tirar a blusa ficando de sutiã. Nessa altura todos olhavam para ela que se contorcia desesperada.
Fizeram um círculo a sua volta. Assobiavam e gritavam palavras obscenas. Um coro de voz se sobrepôs num uníssono em tira, tira, tira. Obedecendo ficou só de calcinha. A senhora que havia se afastado gritou: Chamem um guarda! A cena parecia saído de um filme B.
O guarda nos seus noventa quilos apareceu empurrando e pedindo licença. Seus olhos se arregalaram ao ver ela se acariciando como se estivesse num palco fazendo strip-tease. Estava diante de uma situação inusitada. Estupefato não sabia o que fazer. Precisava agir. Deu dois passos à frente e esticou a mão. A ponta dos dedos tocou a pele morena quando se ouviu um buzinar insistente fazendo com que ela desse um pulo de susto.
O noivo a esperava com a porta do carro aberta.
A.204.Auto retrato - Angélica T. Almstadter
Teimosa como ninguém;
metade bicho, metade gente.
a vida em mim se contém
porque dela sou sobrevivente!
inquieta, fiel e barulhenta,
sou eu as vezes mulher fatal,
ansiosa, mais que briguenta,
impulsiva, real e muito leal.
sou criativa, sensata, articulada,
sensível. chorona e até chata.
sou previsível e bem desencanada,
também sou uma medrosa nata!
para os segredos: sou um túmulo,
no trabalho sou incansável;
exalo a energia que em mim acumulo
no trato do que é executável.
sou gentil, amorosa e felina;
amante carinhosa e companheira.
ser falante e falastrona é minha sina,
e da verdade eterna prisioneira!
mais erros que acertos somente
nesse meio século que me abraça
no meio fio dessa aventura vivente.
isso tudo é verdade ou chalaça?
A.203.Aprendendo a viver sem ti - Douglas Farias
Queria descobrir o sentido de estar aqui,
eu que devia ter ido no seu lugar
o que me resta fazer?
você aí do outro lado disposta a me esperar,
e eu aqui tentando crer no impossível.
A saudade ficou forte demais depois daquele adeus,
todo tempo fico esperando esse longo dia passar,
só para estar junto a ti mais uma vez.
Mas não vou apressar as coisas,
sei que tenho mais alguns passos ainda para andar.
Às vezes quero acreditar que você vai voltar,
e assim reviver todos os bons momentos
que outrora pudemos compartilhar.
Mas só é uma doce lembrança
que irá ficar nos meus sonhos até que...
deixa pra lá, não deve acontecer mesmo.
Descobri que estar aqui sozinho,
só me deixou com mais medo de viver,
mas já superei por duas vezes,
sei que vou conseguir de novo,
mesmo sabendo que com você foi diferente,
és minha vida, parte de mim,
o triunfo de minhas batalhas.
Foi injusto tirar você de mim.
Muitos podem desfrutar desse sonho,
mas eu não, eu não posso
Não quero mais culpar ninguém,
pois bem sei que o maior culpado fui eu,
principalmente quando não falei que te amo,
deixei esse momento passar,
e nunca mais terei outra oportunidade.
Falo contigo, e nem sei se pode me ouvir,
mas só quero que saiba
que estou aprendendo a viver sem ti,
não é porque quero te esquecer,
é que eu preciso recomeçar, fui forçado a isso,
ninguém vai me trazê-la de volta.
Assim tentarei mais uma vez,
mas sem você vai se mais difícil.
A.202.As palavras falam por si - Lucelena Maia
As palavras não escalam nosso pensamento,
elas chegam, vindas pelas mãos do vento,
endereçadas a nós que as bem acolhemos
aspirando a solicitude de quem as endereçou
por desatino, amor, amizade ou para qualquer efeito...
...Melhor não pensar em quem as enviou
para não nos acorrentarmos a sentimentos!
Palavras falam por si.... para mim e para você,
blablablás existenciais e por exaustão,
às vezes, blablablás sem qualquer emoção
outras vezes molhando-nos feito garoa,
silenciosas e demoradas em intenção.
Mas, vale dizer que nos aquecem, assim como o sol
com seus raios dourados, a tamparem-nos a visão.
Há palavras mal-endereçadas
aquelas que param no portão de casa
outras que se estilhaçam na vidraça,
ainda, as que insistem no jardim
a ornamentarem-se em meios às flores.
Há as que carregam consigo amores
e as que se afugentam de você e de mim...
Palavras falam por si...
independente de serem objetivas ou rebuscadas
vindas de doces lábios ou de um olhar solitário,
ouvidas numa rua de um simples bairro
ou na quinta avenida de Nova York...
...Não importa, palavras fazem eco por toda a parte
e nós as ouvimos porque não somos de Marte.
A.201.À minha nova amiga, com respeito e admiração - Lucelena Maia
Passeei em seu blog maravilha,
com o olhar de farta curiosidade...
O sangue em mim ainda fervilha
pelo que vi com toda honestidade!
Alunos... festejando a escolaidade
num concurso de bonita redação,
cercados pelas mestras com toda acuidade,
guiando, como anjos, a reunião!
Fixei-me, porém, num rosto lindo,
que imperava na sala sorrindo,
como uma deusa escandinava no Olimpo...
Latejou, agradecida, a minha safena,
ao saber que seu nome era Lucelena,
a pedra mais preciosa daquele garimpo!
Minha homenagem à Acadêmica de São João,
meu santo padroeiro.
A.200.Apelo - Lizete Abrahão
Quando o mar se atira contra o rochedo,
Entre espumas descarta-se em marés;
Plúmbeas nuvens o céu cobrem de medo
Que em águas se desfaz sob os meus pés.
Quando a boca do monte cospe lava,
O chão lambendo com línguas vermelhas;
Arando a terra, rosna o vento em brasa,
Dos casarios mastiga as frágeis telhas.
Quando, no paraíso, a tal maçã,
De sabor a pecado e sem perdão,
Na boca teve gosto de manhã,
No corpo pulsou dor e novação.
Amor é chama, é fogo visceral;
É o apelo da vida: pão e sal!
A.199.Aconteceu, mais ou menos, assim - Lucelena Maia
Curiosos olhos ora na estrada ora na vegetação se perdiam.
Da janela do carro descobrindo tudo que se me apresentava, eu seguia...
Era fevereiro de 1989
O balanço de árvores não muito altas e de galhos retorcidos eu admirava.
O corpo sacolejava, na estrada esburacada e perigosa, misturando meus sentimentos.
Da janela do carro meus olhos se voltavam para dentro
Em meu interior percorria um trem barulhento, carregando consigo um baú de pensamentos.
O cerrado vislumbrado por meus olhos hipnotizava-me com seus buritis bem verdes.
De repente, plantação rastejante e um ipê amarelo logo à frente.
No carro, silêncio, apreensão e sonho crescente
Prosseguir era preciso...
Para São Paulo eu devia boa parte de meu enredo
Em Minas, continuaria a escrevê-lo.
No portal do cerrado eu desembarcaria cheia de expectativa,
Em Uberlândia viveria dezoito anos de boas amizades e grandes feitos.
Tornar-me-ia escritora e poeta, como o pôr-do-sol em tarde amena,
Que se deita dourado e nos leva a sonhos.
Assim aconteceu comigo...
Desabrochei do umbigo,
Falei com alma em cada linha de meus escritos
Ingressei ao IAT - por convite da escritora Martha Pannunzio
A quem eu reverencio agradecida.
Augusta, nossa sintonia foi como o frescor da chuva amenizando o verão. Amizade que jamais correrá na contramão.
Liberace, simpatia é teu nome. Guerreira mulher. Admiro sua entrega e dedicação.
Janine, aos poucos eu fui conhecendo... Bom trabalho juntas desenvolvemos.
Vecy, Ferreira, Elza, Zé Carlos, Bilá, Creusa, Adriana, Nininha Rocha, Érica Montero e tantos outros escreveram seus nomes em meu pequeno mundo, que tronou-se grande em aprendizado e, em felicidade, profundo.
Aos amigos e patrocinadores da cultura, terna gratidão...
Nathan, amigo virtual que se tornou real. Poetaço, jamais, desfeitos serão nossos laços.
Para Antonio Augusto deixo a extensão de meus braços.
Agradecida, sou, ao Professor Valdemar Firmino pelo belo presente, a mim, oferecido;
sento-me hoje na cadeira XXXIX da Academia Leonística Mineira e Brasiliense de Letras,
Para meu orgulho e deleite, Guimarães Rosa é o patrono.
Uberlândia,
Deixo meu nome escrito nos jornais, no IEFOM, no IAT, na ALMBL e na lembrança dos anos aqui vividos...
Carrego comigo além dos amigos, bons anos colhidos e a expressão UAI
Que conservarei nos lábios com a mesma naturalidade com que pronuncio a palavra pai...
Volto para minha terra natal, São Paulo,
Mas num demora retorno em visita,
Haja vista escrevo um romance que se passa na região.
É claro, o lançamento, aqui, faço questão...
Fica desde já registrado meu agradecimento a esta terra abençoada,
A todos que um dia cruzaram meu caminho.
Era árvore que faltava para me completar? Em Uberlândia plantei.
Era filho? Felipe tem quatorze anos e é lindo...
Faltava escrever um livro? Aqui aconteceu... Um Alvo Calculado e Sombras de Uma Profecia ganharam o mundo,
Assim... Como eu.
A.198.Amigos - Lucelena Maia
As lindas flores primaveris, dessa época do ano, em clima desprendido e tropical, se despediram do Natal e, em camêra lenta, numa pequena pausa aos nossos olhos, abriram as cortinas do palco de dezembro para a costumeira mas não menos emotiva confraternização anual, em que renascemos e fazemos reviver as lembranças por todos que amamos, embriagados de fragilidade, entregues à mais profunda reflexão na esperança em ver a paz no mundo, preocupados em saber alimentados e saudáveis nossos irmãos...
O futuro, então, despertado pelos fogos, anuncia expectativa para um ano novo melhor, a princípio desfilando pela passarela dos nossos anseios, depois no dia-a-dia corriqueiro.
Que assim seja, que 2009 nos traga não só esperanças mas concretude dos esforços para que os sonhos se tornem reais. Traga também saúde, paz, harmonia, amor e novos sonhos...
Um forte abraço para vocês que estiveram comigo durante horas, dias e meses desse ano que se finda.
Obrigada pela companhia...
A.197.A revolta da natureza - Lucelena Maia
Lucia espiou o carro de Lourdes estacionar atrás do seu, na garagem. Passava pouco das dezenove horas.
Sua irmã viera visitá-la como de costume, às quartas-feira.
Os minutos passavam, entretidas estavam numa descontraída conversa, quando, de surpresa, um forte vento fez a porta da cozinha bater. Da janela, observaram o céu fechar-se num cinza muito escuro. Preocupadas, comentaram sobre temporais nessa época do ano em que o clima é de temperatura alta.
Lúcia aguardava a ligação do filho que jogava futebol no inter-classes da escola.
Seus olhos se fixaram no céu, nas pesadas nuvens, enquanto Lourdes anunciava-lhe previsão de temporais para a região, segundo o jornal local.
O tempo nublado e a temperatura elevada deixou o clima abafado durante todo o dia em que as janelas da casa estiveram abertas em busca do quase impossível ar ou vento.
O telefone tocou, respiraram aliviadas, o jogo havia terminado. Ela conseguiria pegar o filho antes que a chuva chegasse. O céu fechava-se, completamente.
A chuva viria, não havia mais dúvidas. Assim que ela recolocou o carro na garagem as rajadas de ventos aumentaram.
O sossego acabou ali.
O forte vento trazia a voz da natureza enfurecida pelos desmatamentos, queimadas, poluição dos rios e desinteresse do homem pelo meio ambiente. Podia-se sentir a chegada do temporal como uma vingança progressiva.
Fazia pouco que a decoração do fundo da casa ficara pronta. O toldo protegia a varanda onde uma televisão, sobre a parede, acrescentava a área de lazer o devido prazer almejado pela família nos finais de semana.
Cadeiras, mesa, espreguiçadeiras, chaise para banho de sol e alguns vasos com plantas completavam o ambiente que a fúria do vento, nesse dia 29 de outubro de 2008, fez questão de deslocar do lugar, com extremo prazer.
Relâmpagos e chuva pesada foram companhia inseparáveis àquele quase tufão que se prenunciava.
As árvores na rua balançavam descontroladas e seus galhos iam se desprendendo como se desfolheados com bem-me-quer, mal-me-quer.
A sala de estar, toda em vidraça e de frente para a varanda, piscina e edícula, naquele momento, fechada, sofria a pressão da ventania e da chuva.
De repente, ouviu-se forte barulho vindo do piso superior. Dois vasos com flor de fícus, na varanda dos quartos, jaziam no chão, espatifados.
O cesto para coleta de lixo, no hall da saída de serviço, voava a esmo, como uma pipa. De repente, ele sumiu da visão.
O gancho que mantinha o toldo da varanda fechado foi arrancado do chão, liberando a cortina que se lançou para todos os lados, chocando-se contra a televisão, já sem a capa de proteção, levada pela tempestade para algum lugar impossível de ser detectado. O toldo tanto foi jogado de um lado para o outro que se desprendeu do suporte. Ao final daquele enorme susto estava ele todo rasgado e enrolado em si mesmo.
Os vasos de flores da varanda tinham sido jogados contra a parede. Cacos e terra espalhados por toda a parte. Para deleite do vento e da chuva a terra grudara de forma considerável nas vidraças.
Ao final da tempestade,o teto da varanda estava tomado de terra. As plantas? Esfaceladas.
As cadeiras e a mesa jogadas em cantos diferentes do jardim e só não foram arremessadas para a rua porque a cerca viva de murtas as seguraram.
Foi com muita tristeza que se observou, a cada relâmpago, assim que o vento amenizou e já sem energia elétrica, a cobertura em lona sobre a edícula, toda ela deformada, como se estivesse cansada de lutar contra aquela tempestade. As ferragens quase sucumbiram à força do vento, inclinadas.
Algumas outras plantas foram destruídas ao serem arrancadas do chão, mas com o escuro da noite ficou difícil dimensionar o tamanho do estrago.
A energia não voltou naquela noite. As linhas telefônicas de celulares só voltaram a funcionar no dia seguinte.
A natureza, na manhã seguinte, parecia envergonhada ou disposta a fazer de conta que nada acontecera ao dar de presente à cidade um céu claro, apesar do sol escondido.
Pelas quantidades de árvores caídas pelas calçadas, galhos pelas ruas, letreiros desprendidos e suspensos no ar, casas destelhadas, vidraças quebradas e muita sujeira no geral, podia-se saber que a natureza devolvia o descaso, desprezo e maus-tratos recebidos.
Apesar dos tantos danos materiais sofridos, os danos pessoais tinham sido mínimos. Era preciso atentar para isso! Era tempo de começar a pensar no meio ambiente, com urgência!
A.196.Aos sonhadores - Douglas Farias
Sonhadores,
Mais um ano se acaba, e este último dia do ano, traz à memória todos nossos quereres, desejos, objetivos, pedidos, propósitos, que viemos a sonhar no começo desse ano. Parece que um filme se passa em nossa mente, que dependendo do coração de cada um de nós, há uma certa frustração pelo que não foi concretizado, ou uma satisfação pelo que foi realizado, sendo que, esse final, termine com uma história triste ou feliz, respectivamente. Não há como entender o que cada um pensa, principalmente em relação aos seus sentimentos, no caso aqui, o de frustração ou de satisfação. Mas hoje é uma data de pura reflexão, que se figura em uma ponte, que leva a um outro momento, seja lá como seu coração estiver, frustrado ou satisfeito, o momento é de renovação.
O que se diz, quando o copo de água está na metade, ou quando se já trilhou a metade do caminho? Que falta muito para chegar ao fim, ou que falta pouco para chegar ao seu objetivo? Esse espaço não é usado como lição de moral, ou um auto-ajuda, quero aqui incentivar você a sonhar, pois o sonhos nos renovam, nos dão forças para continuar, fortalecem nossa fé, nos dão incentivos para seguir, ou então quando simplesmente nos tornam pessoas mais felizes, que ao acordar temos aquela sensação de leveza depois de um belo sonho. Às vezes, há sonhos tristes, não falo de pesadelos, falo daqueles sonhos, quando se perdeu algo, e nos levou a sonhar, bate uma tristeza ao acordar e ver que a realidade não nos dá a condição de ter de volta o que um dia foi nosso. Mesmo assim, somos renovados, nossos sonhos nos renovam, é a ponte que o sonho liga à realização.
À noite para o dia, ou melhor, o fato de dormir e acordar são uma passagem, uma ponte, um momento de se renovar. Quando encostamos em nosso travesseiro, vêm à memória nossos sonhos, e esses sonhos vão rondar nossa mente durante o sono. Por isso, muitos de nós acordamos com a solução para um problema, ou uma nova ideia, uma nova meta, ou mais uma vez digo, que simplesmente se acorda renovado. Podia aqui detalhar todos os tipos de sonhos, e há muitos, e cada um têm suas particularidades, além disso, cada um de nós temos uma visão diferente ao que se sonha, mas, meu foco é mostrar o valor que se tem o sonhar.
Essa passagem de ano é também uma ponte, que nos leva para uma renovação. Nossos sonhos que foram frustrados, às vezes por nós mesmo, ou por um descuido da vida, ou até por que não seria o momento ideal, são sonhos que temos que nos concentrar ainda mais em concretizá-los, ter fé que serão realizados algum dia, basta não parar de sonhar. E se alguém de nós que conseguiu realizar algum sonho, continue sonhando. Pois, o potencial de um sonhador é o desejo de sonhar, nossos sonhos não morrem, são eternos. Ainda que realizados, ganham extensão. Ainda que impossíveis, vivem pela fé. Ainda que acabados, se reconstroem. Ainda que desiludidos, renovados são. Basta não parar de sonhar...
Essas palavras são de um sonhador, que viu neste blog uma realização de um sonho, nele minhas palavras se figuram em poemas e poesias, que eu chamo de arte de sonhar, o sonho é uma arte, e figuro meus sonhos aqui. Compartilho isso com vocês, sonhadores, para incentivá-los a materializar seus sonhos. Pois o que é bom, tem que ser repassado, e é bom quando um sonho é bom. Digo mais uma vez, basta não parar de sonhar, viva intensamente este novo ano, sonhe lindos sonhos e tenha amor no coração, este mundo precisa de sonhadores.
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